quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Joan Rivers morre aos 81 anos em Nova York

Atriz e comediante estava internada após parada respiratória em cirurgia.
Ela se destacou em geração de humor ácido e apresentava 'Fashion Police'.

A apresentadora, atriz e roteirista Joan Rivers (Foto: Divulgação/NBC)




A comediante Joan Rivers morreu nesta quinta-feira (4), disse sua filha em comunicado à imprensa. Ela estava internada havia uma semana após ter supostas paradas respiratória e cardíaca durante uma cirurgia nas cordas vocais.
"É com muita tristeza que anuncio a morte da minha mãe, Joan Rivers. Ela morreu em paz às 13h17, cercada da família e por amigos próximos", disse a filha Melissa Rivers.
"Copper [neto de Joan] e eu nos sentimos humildes pelas demonstrações de amor, apoio e orações que recebemos de todo o mundo. Elas foram ouvidas e apreciadas. A grande diversão da minha mãe em vida foi fazer as pessoas rirem. Ainda que seja difícil fazer isso agora, eu sei que o desejo final dela é fazer com que voltemos a rir em breve", competou a filha. 
Na quarta-feira, a comediante e apresentadora do programa "Fashion Police"havia deixado a unidade de terapia intensivae sido transferida para um quarto no hospital de Nova York, onde se encontrava internada desde quinta-feira passada (28).
Ela tinha sido hospitalizada em estado crítico quando deixou de respirar durante uma cirurgia das cordas vocais em uma clínica do Upper East Side. Ela foi mantida em terapia intensiva durante todos esses dias e foi colocada em coma induzido.
Humor ácido
Rivers, cujo verdadeiro nome é Joan Alexandra Molinsky, é a mais ácida de uma geração de comediantes e apresentadores de TV da qual fazem parte Lucille Ball e Phyllis Diller, já falecidas, e Carol Burnett. Nos últimos anos de sua carreira, Rivers ficou muito conhecida por suas inúmeras cirurgias plásticas.
Joan é conhecida pelos comentários de moda. Ela foi pioneira na cobertura do tapete vermelho nas cerimônias de televisão e do cinema. Ela ra estrela de um reality show sobre a vida com a filha Michele; e apresentava o programa "Fashion Police". Além de lançar livros e fazer apresentações de comédia stand-up, ela teve uma longa história na TV americana.
O currículo de Joan tem participações no talk show "Tonight Show" (1965) e o comando de "The Joan Rivers Show", entre 1989 e 1993. Com comentários e humor politicamente incorretos, ela passou a ser referência na cobertura do universo das celebridades.

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Neuza Borges sobrevive com brechó de peças 


doadas por atrizes: ‘Se não fosse a Bruna 


Marquezine, eu estaria passando fome’

Neuza Borges abre brechó com peças doadas por atrizes
Neuza Borges abre brechó com peças doadas por atrizes Foto: Arquivo pessoal
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Desempregada há dois anos, Neuza Borges decidiu abrir um brechó para sobreviver. Mas isso só foi possível graças à solidariedade de dona Neide, mãe de Bruna Marquezine. Sensibilizadas com a difícil situação da artista, mãe e filha doaram uma grande quantidade de roupas da atriz para que Neuza pudesse abrir a loja em Salvador, onde mora com uma das duas filhas e os três netos. "Se não fosse a Bruna Marquezine e a mãe dela, eu estaria passando fome. Sou muito grata a tudo que elas fizeram por mim", agradece Neuza, emocionada.
Bruna e Neuza se conheceram durante as gravações de "América" e voltaram a contracenar juntas em "Salve Jorge", última novela da atriz, de 74 anos. A iniciativa de ajudar a veterana veio quando Neuza contou que sempre enfrenta dificuldades quando não está no ar.
“Sempre que uma novela acaba, eu fico cinco, seis anos passando por dificuldades. Cansei de ir a programas de televisão dizer que estava passando fome, que precisava trabalhar. Montei essa loja para sobreviver", explica.
Neuza Borges abre brechó com peças doadas por atrizes
Neuza Borges abre brechó com peças doadas por atrizes Foto: Arquivo pessoal
A atitude de Bruna fez com que Neuza recebesse doações de outras companheiras da novela, como Dira Paes e Aimée Madureira, além de amigos, familiares e anônimos. "São roupas boas, seminovas, nada de quinquilharias... E a preço de banana. Uma peça que custa R$ 2 mil na loja, aqui eu vendo por R$ 250. A loja faz mais sucesso com os turistas", comemora. Neuza conta ainda que muitos que compram as peças não sabem que elas pertenciam à atrizes famosas.
Com o lucro das vendas, Neuza paga o aluguel do espaço onde o brechó funciona, quita as contas e faz supermercado uma vez por semana. Ela ainda separa uma parte do dinheiro para ajudar uma instituição carente. "O que eu recebo com as vendas, não chega perto do salário que eu ganho quando faço uma novela, mas, graças a Deus, está dando para sobreviver".
Sem condições de contratar um funcionário para ajudá-la, Neuza trabalha sozinha e diariamente no espaço, batizado de brechó de La Borges. "Eu queria muito trabalhar, fazer novelas, mas é muito difícil nesse país escreveram personagens para pessoas negras da minha idade", reclama.
Há dois anos, Neuza foi internada no Rio após sofrer um Acidente Vascular Cerebral. No Carnaval de 2003, ela caiu de um carro alegóricos da Unidos da Tijuca. A atriz foi indenizada oito anos depois em R$ 700 mil. Com esse dinheiro, Neuza deixou o aluguel e comprou um imóvel onde mora com a filha em Salvador.
Neuza Borges abre brechó com peças doadas por atrizes
Neuza Borges abre brechó com peças doadas por atrizes Foto: Arquivo pessoal
Neuza Borges abre brechó com peças doadas por atrizes
Neuza Borges abre brechó com peças doadas por atrizes Foto: Arquivo pessoal


Ex-vocalista da banda argentina Soda Stereo morre após 4 anos em coma

Gustavo Cerati, de 55 anos, sofreu um acidente vascular cerebral em 2010.
Ele estava internado em hospital de Buenos Aires onde morreu nesta quinta.

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O músico Gustavo Cerati, da banda argentina Soda Stereo. (Foto: Divulgação)O músico Gustavo Cerati, da banda argentina
Soda Stereo (Foto: Divulgação)
O ex-vocalista da banda argentina Soda Stereo, Gustavo Cerati, morreu nesta quinta-feira (4) após ficar quatro anos em coma. As informações são da agência France Presse.
Cerati, de 55 anos, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) no dia 15 de maio de 2010 após terminar um show em Caracas, na Venezuela, onde apresentava seu disco solo "Fuerza Natural".
O músico estava internado em um hospital de Buenos Aires. Neste ano, a clínica já havia divulgado um relatório que dizia que Cerati "neurologicamente não teve mudanças significativas e permanece com assistência respiratória mecânica".
"São quatro anos de cama, ele está muito bem. Se Gustavo sofresse, seria insuportável, mas ele realmente está apenas dormindo", disse a mãe de Cerati, Lilian Clark, em maio deste ano.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

 adolescente chinês de 15 anos passará por uma operação para retirar parte do seu pescoço. A cirurgia será custeada por uma instituição de caridade de Pequim. As informações são do NY Daily News. 

O jovem passará por uma cirurgia para retirar as três vértebras a mais que possui no pescoço. "Espero que eu possa ter um pescoço normal", disse ele. O adolescente também tem dificuldades para andar por conta do longo pescoço.Segundo a publicação, Fu Wengui, 15 anos, tem dez vértebras em seu pescoço, três a mais que o comum. Chamada de escoliose congênita, a doença faz com que o jovem sinta dor e sofra preconceito quando sai na rua. 
O chinês foi diagnosticado com a doença quando tinha seis anos. Nos últimos meses, sua condição foi divulgada e uma instituição de caridade - que não teve o nome revelado - se dispôs a cobrir os custos dos procedimentos cirúrgicos. 
Fotos: Reprodução/Daily Mail

Vídeo mostra pai usando celular para filmar briga com Bernardo; assista

Menino foi assassinado em abril; quatro estão presos por envolvimento.
Imagens gravadas em 2013 mostram briga com o pai e a madrasta .


G1 teve acesso ao vídeo que mostra uma briga entre Bernardo, o pai, Leandro Boldrini, e a madrasta, Graciele. As imagens foram gravadas no celular do pai do menino. Na maior parte do tempo, não é possível ver a discussão. Apenas no início, o médico aparece deixando o celular no cômodo. O vídeo capta os pedidos de socorro de Bernardo, de 11 anos, assassinado em abril deste ano (assista ao vídeo acima).
O vídeo começa com a sombra de Leandro no chão do quarto da casa onde a família morava, em Três Passos, na Região Noroeste do Rio Grande do Sul. O pai de Bernardo liga a câmera e passa para Graciele enquanto o menino grita por socorro de um outro cômodo. É possível ver o rosto do médico neste momento das imagens. A madrasta pega o celular e o ajeita na cama do casal.
É possível ouvir Bernardo em outro cômodo gritando por socorro por mais de três minutos. Em seguida, o menino se aproxima para pedir o telefone emprestado para "denunciar" o pai. Leandro chama a atenção, pedindo que Bernardo cuide a irmã, que está no mesmo cômodo. Depois começa a discussão entre o menino e a madrasta, em que ocorrem as ameaças.
"Ah, Bernardo, eu fico com pena de ti… Com pena de ti, cara. Tua mãe te botou no mato. Deus o livre. Te abandonou", afirma Leandro. Na sequência, Graciele diz que a mãe de Bernardo [Odilaine, que cometeu suicídio em 2010] era "vagabunda", revoltando o garoto. "Tomara que tu morra. Tomara que tu morra! E essa coisa [Graciele] que morra junto!", grita Bernardo.

Procurado pelo G1, Jader Marques, advogado do pai de Bernardo, argumentou que o vídeo é de 2013 e mostra a realidade do conflito familiar difícil, mas, segundo ele, "não altera a situação da falta de provas" da participação de Leandro no homicídio ou no suicídio da mãe do menino. O escritório do advogado da madrasta, Vanderlei Pompeo de Mattos, informou que ele não pretende se manifestar sobre o tema.
 
Vídeo mostra pai usando celular para filmar briga com Bernardo (Foto: Reprodução/G1)Vídeo mostra pai usando celular para filmar
briga com Bernardo (Foto: Reprodução/G1)
Veja a transcrição 
Bernardo: Socorro! Socorro! Socorro! Socorro! Socorro! Socorro!
Leandro: Vamos se acalmar. Vai para o teu quarto.
Bernardo: Socorro! Meu pai vai me agredir. Socorro! Socorro!! Socorro! Socorro! Socorro! Socorro! Socorro! Não! (...)
Leandro: Respeita a tua irmã, a Maria aqui…
Bernardo: Socorro, socorro! Eu vou contar... Vocês me agrediram!! Socorro, socorro, socorro. Meu pai me agrediu.
Graciele: Fecha a porta… (diz para Leandro)
Bernardo: Socorro! Socorro! Socorro! (...)
Eu quero denunciar, empresta o telefone, eu quero denunciar vocês! Empresta, quero denunciar!
Leandro: Aqui quem manda sou eu.
Bernardo: Eu quero denunciar, empresta!
Leandro: Ou tu entra, ou tu sai. E se entrar fala baixo.
Bernardo: Empresta o telefone agora! Empresta! Empresta o telefone. Empresta! Empresta o telefone agora! Tu falou que eu poderia denunciar, então empresta! Empresta!
Leandro: Tchê, a Maria...
Bernardo: Empresta! Empresta o telefone.
Graciele: Sim, tu quer o telefone emprestado para denunciar? (risos)
Bernardo: Sim! Empresta!
Graciele: Quer denunciar, te vira! Não empresto. Te vira!
Bernardo: Empresta!
Leandro: Cuidado a Maria aqui, rapaz! Escuta aqui ó, que bagunça é essa?
Bernardo: Socorro!!
Leandro: E fecha a porta, né?
Bernardo: As pessoas estão olhando…
Leandro: Viu?
Bernardo: As pessoas estão olhando…
Graciele: Vai lá, vai lá pedir socorro.
Bernardo: Vão vocês!
Graciele: Tu que tá pedindo! Tu que está gritando!
Leandro: Quem que começou a bagunça?
Bernardo: Vocês me agrediram, tu me agrediu.
Graciele: E vou agredir mais. A próxima vez que tu abrir a boca para falar de mim, eu vou agredir mais.
Leandro: Xingando ela. Ninguém merece ser xingado, né, rapaz.
Graciele: Eu vou agredir mais, eu não fiz nada em ti.
Bernardo: Fez sim. Tu me bateu.
Graciele: Tu não sabe do que eu sou capaz de fazer.
Bernardo: Tu me bateu.
Graciele: Tu não sabe.
Bernardo: Tu me bateu.
Graciele: Eu não tenho nada a perder, Bernardo. Tu não sabe do que eu sou capaz. Eu prefiro apodrecer na cadeia a viver nesta casa contigo incomodando. Tu não sabe do que eu sou capaz.
Bernardo: (inaudível) Queria que tu morresse
Graciele: Tu não sabe do que eu sou capaz. Vamos ver quem tem mais força. Aí nós vamos ver quem tem mais força.
Bernardo: Quando tu morrer.
Graciele: É, vamos quem tem mais força. Vamos ver quem vai para baixo da terra primeiro
Bernardo: Tu. Tu vai..
Graciele: Então tá, se tu tá dizendo.
Bernardo: Tu, tu vai…
Graciele: Vamos ver quem vai primeiro.
Bernardo: Coitada da Maria, vocês vão agredir ela aqui também! Vão sim!
Graciele: Ela está comigo.
Bernardo: Vão agredir ela depois…
Graciele: Ah, então tá.
Leandro: Ah, Bernardo, eu fico com pena de ti… Com pena de ti, cara. Tua mãe te botou no mato. Deus o livre. Te abandonou…
Bernardo: E tu traiu ela!
Leandro: Como é que ele tem isso na cabeça?
Graciele: É… Ela que andava com tudo que é homem aí, ó! Ela que era vagabunda, Bernardo!
Bernardo: Não era! Minha mãe não é vagabunda!
Graciele: Então vai perguntar para as pessoas da cidade o que tua mãe fazia! Pergunta!
Bernardo: Minha mãe não era vagabunda…
Graciele: Então pergunta para as pessoas o que tua mãe fazia com teu pai.
Leandro: Eu sei que tua mãe é o máximo para ti, mas simplesmente ela te abandonou.
Bernardo: Não, ela não me abandonou. Foi culpa tua, sim!
Graciele: Ela que pensou em matar teu pai.
Bernardo: Porque ele estava incomodando ela.
Leandro: Ela foi lá na vila com o cara, comprou uma 38 para ir ao consultório com duas balas. O que ia acontecer comigo?
Bernardo: Tinha que ter matado mesmo!
Leandro: E o que ia sobrar de ti?
Bernardo: Tinha que ter te matado!
Leandro: Mas o que eu tenho que ver, cara?
Bernardo: Tem de morrer!
Leandro: Tenho de pegar com minha vida por causa de gente à toa?
Bernardo: Sim!
Leandro: De gente que não presta?
Bernardo: Tomara que tu morra! E essa coisa [Graciele] que morra junto!
Graciele: Tu vai ir antes. Doente que tu está desse jeito…
Leandro: Quanta gente…
Graciele:  Igual a tua mãe. Teu fim vai ser igual o da tua mãe.
Bernardo: Não!
Graciele: Então tá…
Leandro: Eu salvo uns quatro ou cinco todo dia, tiro as pessoas de dentro do caixão.
Bernardo: Não tira!
Leandro: Elas aparecem uma semana depois caminhando lá no consultório.
Bernardo: Não!
Leandro: Eu acho que tenho uma função nesse mundo…
Bernardo: De morrer, tem que morrer!
Leandro: Deixa que eu morro a hora que Deus quiser…
Graciele: É, a hora que Deus quiser.
Leandro: Não é pela tua boca.
Bernardo: Tu vai morrer.
Leandro: Me respeita!
Bernardo: Vou rezar para tu morrer.
Graciele: Então vai, te ajoelha.
Leandro: Tu vai ficar 20 anos rezando. Quanto mais tu rezar, pior vai ser. Mais eu vou durar.
Bernardo: Tomara que tu morra. (fala inaudível)
Leandro: O que tu falou?
Bernardo: Não te interessa!
Leandro: É, é… 'Froinha', que não é capaz de falar. Se fosse macho falava melhor!
Bernardo: Ó a polícia!!
Graciele: Vai lá então… Vamo, desce lá!
Bernardo: Não…
Graciele: Desce lá.
Bernardo: Tu me agrediu!
Graciele: Vai lá, Bernardo…
Bernardo: Tenho marca aqui… Tu me agrediu. Eu tenho marca aqui.
Graciele: Vai lá, Bernardo! Ô, cagão! Ô, cagão, desce lá, cagão! Cagou nas calças? Cagou nas calças?
Bernardo: Vamos…
Graciele: Como, vamos? Cagão, vai atrás do teu pai, vai lá, macho! Vai lá, cagão.
Bernardo: Meu pai me agrediu…
Graciele: Vai dizer, então! Vai! Cagão.
Bernardo: Tu me bateu, tu me bateu, tu me bateu. Tu me agrediu!
Leandro: Faço tudo para dar certo e a polícia chega na minha casa no sábado à noite.
Graciele: É, ahã.
(longo trecho em silêncio)
Leandro: E esse remédio aqui?
Bernardo: Tu vai me matar…
Leandro: Quantos quilos tu tem?
Bernardo: Não sei. (inaudível)
Graciele: Dá sessenta gotas…
Bernardo: Eu vou me matar… Eu vou... Eu vou me matar.
Graciele: Dá uma faca, Leandro!

(minutos depois)
Leandro: Você sabe o que está fazendo, você sabe…
Bernardo: Meu pai mandou eu te pedir desculpas.
Leandro: Você sabe o que está fazendo…
Bernardo: Eu quero me matar…
Graciele: Trouxa, retardado… Esse guri é louco, um retardado...
Entenda 
Conforme alegou a família, Bernardo teria sido visto pela última vez às 18h do dia 4 de abril, quando ia dormir na casa de um amigo, que ficava a duas quadras de distância da residência da família. No dia 6 de abril, o pai do menino disse que foi até a casa do amigo, mas foi comunicado que o filho não estava lá e nem havia chegado nos dias anteriores.
No início da tarde do dia 4, a madrasta foi multada por excesso de velocidade. A infração foi registrada na ERS-472, em um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. Graciele trafegava a 117 km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen. O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) disse que ela estava acompanhada do menino.
O pai registrou o desaparecimento do menino no dia 6, e a polícia começou a investigar o caso. No dia 14 de abril, o corpo do garoto foi localizado. Segundo as investigações da Polícia Civil, Bernardo foi morto com uma superdosagem de um sedativo e depois enterrado em uma cova rasa, na área rural de Frederico Westphalen.
O inquérito apontou que Leandro Boldrini atuou no crime de homicídio e ocultação de cadáver como mentor, juntamente com Graciele. Ainda conforme a polícia, ele também auxiliou na compra do remédio em comprimidos, fornecendo a receita Leandro e Graciele arquitetaram o plano, assim como a história para que tal crime ficasse impune, e contaram com a colaboração de Edelvania e Evandro.
Bernardo: Tu me bateu também…
Graciele: É um cagão mesmo! Agora vai atrás do papai. Cagão.
Bernardo: Tu me bateu, conta que tu me bateu...

Abdelmassih diz que ex-pacientes que denunciaram estupro são 'loucas'

Interceptação telefônica gravou ex-médico negando abuso sexual.
Associação de vítimas respondeu que já esperava por declaração.

Kleber Tomaz e Lívia MachadoDo G1 São Paulo
Roger Abdelmassih é fotografado pela Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Foto: Ho Senad/AFP)Roger Abdelmassih é fotografado pela Secretaria
Nacional Antidrogas do Paraguai (Ho Senad/AFP)
Roger Abdelmassih, de 70 anos, afirmou que as ex-pacientes que o denunciaram por estupro e abuso sexual são “loucas, débeis mentais”. A declaração do ex-médico, condenado a 278 anos de prisão por crimes sexuais contra 37 mulheres, foi feita durante um telefonema a uma parente, em conversa gravada com autorização judicial, segundo oG1 apurou. Na gravação ele nega as acusações delas.
"Loucas, que nem fazem parte do negócio, são umas loucas, débeis mentais", diz Abdelmassih ao familiar, de acordo com interceptação telefônica realizada cerca de duas semanas antes de ele ser preso no Paraguai.
As conversas telefônicas gravadas fazem parte da investigação da polícia e do Ministério Público para localizá-lo. Ao todo, 130 grampos foram realizados nos telefones que Abdelmassih usava na capital paraguaia, onde estava escondido em companhia da mulher, a ex-procuradora da República Larissa Sacco, de 37, e dos filhos gêmeos do casal.
Os grampos telefônicos deram pistas que ajudaram na localização e prisão do procurado em 19 de agosto, em Assunção. Lá, ele mantinha contato por telefone com uma rede de colaboradores que financiavam com dinheiro sua estadia na clandestinidade. Eram familares, amigos e funcionarios. Alguns liam as matérias sobre ele na internet.
Procurada para comentar as declarações do ex-médico, a fundadora da Associação Vítimas de Abdelmassih e Clínica (AVAC), Vanuzia Lopes, disse não se surpreender com as declarações do ex-médico.
“A sentença fala por si só. É logico que a gente não é louca. Estamos atrás de Justiça. De louca nós não temos nada. Somos muitas vítimas para classificar dessa maneira. Só ele que está certo e todas essas mulheres erradas?”, defende Vanuzia.
Ela e outras cinco mulheres foram as primeiras a denunciar o médico e aparecer publicamente. Algumas delas chegaram a registrar boletim de ocorrência por ameaças que alegam ter sofrido por telefone depois que passaram a divulgar o site da AVAC. O caso foi levado para a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).
Defesa
A equipe de reportagem não localizou os advogados de Abdelmassih para falarem do caso. O ex-médico, que está preso na Penitenciária de Tremembé, interior de São Paulo, sempre negou as acusações de que abusou sexualmente de 37 ex-pacientes na clínica de fertilização que tinha na capital paulista. Em sua defesa, alegava que apenas beijava as pacientes no rosto e que elas estavam tendo alucinações por conta da sedação.
"Loucas, que nem fazem parte do negócio, são umas loucas, débeis mentais"
Roger Abdelmassih, em interceptação telefônica autorizada pela Justiça
Em outras interceptações telefônicas, Abdelmassih também usava o telefone para fazer terapia de casal com Larissa. O ex-médico e a ex-procuradora se consultavam por telefone com um psiquiatra da capital paulista. Eles usavam uma linha exclusiva para isso.
As consultas com o psiquiatra eram pagas pelo casal e aconteciam quinzenalmente. De acordo com o Ministério Público e com a polícia, um pacote das sessões de psicanálise custaria até R$ 9 mil. O pagamento seria feito ao terapeuta por intermédio de parentes, amigos e colaboradores de Abdelmassih no Brasil.

Nas conversas interceptadas do casal com o psiquiatra foi possível saber o estado emocional que o ex-médico se encontrava. Além de falar constantemente em suicídio, Abdelmassih relatou dificuldades financeiras e decepção com políticos e família, principalmente com os filhos adultos.

Precupado com a possibilidade de ser rastreado, o fugitivo fala para o psiquiatra que vai se matar se for preso. “Resolvo num minuto”, diz Abdelmassih, que mantinha um revólver calibre 38 na casa alugada em Assunção.

A apuração que levou à prisão de Abdelmassih foi feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público em Bauru, no interior paulista. Os promotores investigaram e monitoraram pessoas ligadas a uma rede de proteção para manter o ex-médico na clandestinidade. Essas pessoas são investigadas e podem responder por crimes, como auxiliar fuga de condenado procurado, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Naquela ocasião, o ex-médico estava rebatendo acusações feitas por mulheres em entrevistas a uma emissora de TV e revista brasileiras. Elas haviam criado a associação "Vítimas de Abdelmassih e Clínica" no Facebook para receber denúncias de ex-pacientes.